Receita Federal libera mais um lote da malha fina

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Indicador de Clima Econômico (ICE) do Brasil subiu de 44 para 47 pontos entre outubro de 2015 e janeiro deste ano. O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas a cada três meses, varia entre 20 e 180 pontos e o valor de referência é 100. Indicadores acima desse patamar são considerados favoráveis e abaixo, desfavoráveis. O crescimento registrado foi puxado pela melhoria do Indicador de Expectativas em relação ao futuro, que passou de 68 para 74 pontos. Por outro lado, o Indicador da Situação Atual, que avalia o momento presente da economia, manteve-se em 20 pontos. Como nos dois subindicadores do ICE (Expectativas e Situação Atual), o Brasil está abaixo de 100, o que permite considerar-se que o país está em recessão.

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Entre os 11 países da América Latina pesquisados, apenas Argentina (109 pontos) e Paraguai (104) estão acima do valor de referência. O Brasil ficou abaixo da média latino-americana (72) e teve a terceira menor pontuação, superando apenas Equador (44) e Venezuela (20). Os demais países latino-americano tiveram as seguintes pontuações: Chile (65 pontos), México (83), Uruguai (83), Colômbia (88), Bolívia (90) e Peru (97). Comparando-se com outros países do mundo, o Brasil ficou abaixo de África do Sul (48 pontos), Rússia (51), China (72), França (94), Reino Unido (103), Estados Unidos (105), Japão (109), Índia (122) e Alemanha (129).

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O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou alta de 1,8% na primeira prévia de fevereiro, indicando aumento no ritmo de elevação em relação ao fechamento de janeiro, quando a variação atingiu 1,78%. A apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas mostra que quatro dos oito grupos pesquisados tiveram acréscimos, com destaque para o de alimentação que passou de 2,25% para 2,45%. Entre os itens que mais subiram de preços estão os produtos derivados do leite, com aumento médio de 0,36% ante 0,16%.

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Em transportes, a taxa aumentou de 2,08% para 2,25%. No grupo saúde e cuidados pessoais, o índice apresentou elevação de 0,65%, acima da variação passada (0,59%) , puxado pelos artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,16% para 0,08%). Em vestuário, o IPC-S passou de 0,19% para 0,40%. Nesse caso, o reflexo da alta foram as roupas (de 0,11% para 0,30%).

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A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano continua a subir. No sexto ajuste seguido, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 7,26% para 7,56%. Para 2017, a estimativa sobe por quatro semanas consecutivas. Desta vez, passou de 5,80% para 6%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. As estimativas de inflação estão distantes do centro da meta, de 4,5%, e neste ano supera o teto, de 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é 6%.

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O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários (MPEs), calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apresentou leve melhora em janeiro, na comparação com dezembro. O indicador, que varia de 0 a 100, passou de 40,03 pontos para 42,03 pontos, mas segue abaixo do nível neutro (50 pontos). De acordo com a CNDL, esse resultado indica que os empresários entrevistados continuam pouco confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios.

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 O Indicador é baseado nas avaliações dos micro e pequenos empresários sobre as condições gerais da economia brasileira e também sobre o ambiente de negócios, além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a economia quanto para suas empresas. Para 79% dos MPEs, a economia piorou nos últimos seis meses. De acordo com o Indicador de Condições Gerais, que mensura a percepção do empresariado tanto em relação à trajetória da economia como de seus negócios nos últimos seis meses, registrou em janeiro 26,60 pontos, o que representa leve melhora em relação a dezembro, quando o número estava em 26,34 pontos.

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A Receita Federal liberou da malha fina mais um lote de declarações do Imposto de Renda Pessoa Física. Além de 2015, foram liberadas declaração retidas entre 2008 a 2014. O crédito para 63.885 contribuintes será realizado na próxima segunda-feira, 15, no valor de R$ 150 milhões. Para saber se o contribuinte teve a declaração liberada no lote residual, ele deve acessar a página da Receita ou ligar para o Receitafone 146. A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. 

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