Radar — 29/08/2015

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou sexta-feira, 28, a redução de 18% no valor da tarifa da bandeira vermelha, o indicador que engloba os usuários que pagam o custo mais alto de energia. Com a decisão, o valor adicional para cada 100 kWh consumidos cai de R$ 5,50 para R$ 4,50. Para os consumidores, o novo valor corresponderá a uma redução de dois pontos percentuais no custo da conta de luz. A mudança entra em vigor em 1º de setembro e vai até 31 de dezembro. A decisão foi adotada em razão da redução no custo de produção de energia decorrente do desligamento de 21 termelétricas aprovada no início deste mês. Apesar do pedido das distribuidoras para que o valor seja mantido, devido ao aumento dos custos de geração, a diretoria da Aneel entendeu que o uso das bandeiras deve refletir o cenário de disponibilidade da geração e não os problemas de caixa das distribuidoras.

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O resultado do Produto Interno Bruto do segundo trimestre de 2015, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a economia brasileira está há cinco trimestres consecutivos sem crescer. De abril a junho de 2015, a soma das riquezas produzidas pelo Brasil caiu 1,9% em relação a janeiro, fevereiro e março, a maior queda desde o primeiro trimestre de 2009. Nos três primeiros meses deste ano, a economia caiu 0,7% em relação aos últimos meses de 2014.

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O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – registrou déficit primário de R$ 10,019 bilhões, em julho, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados sexta-feira, 28. Foi o pior resultado registrado em julho, na série histórica iniciada em dezembro de 2001. No mesmo mês de 2014, houve déficit primário de R$ 4,715 bilhões. Nos sete meses do ano, o setor público registra superávit primário de R$ 6,205 bilhões. Em 12 meses encerrados em julho, o setor público registrou déficit primário de R$ 50,996 bilhões, o que corresponde a 0,89% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

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O superávit primário, economia de recursos para pagar os juros da dívida pública, ajuda a conter o endividamento do governo, em médio e longo prazos. Mas as dificuldades em cortar gastos e em aumentar as receitas fizeram a equipe econômica reduzir para R$ 8,747 bilhões, 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) para 2015. Desse total, 0,10% – R$ 5,8 bilhões – correspondem ao governo central. A meta anterior do setor público era R$ 66,3 bilhões ou 1,1% do PIB.

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou sexta-feira, 28, com base em pesquisa, que 70% das empresas reprovam o sistema tributário brasileiro. Segundo a pesquisa, os empresários consideram o sistema tributário complexo e pouco transparente. De acordo com a Sondagem Especial Tributação, a estrutura tributária do país não respeita os direitos, não oferece garantias aos contribuintes e traz insegurança jurídica. A sondagem abrangeu 2.622 empresários de todo o país. O levantamento mostra que o número de impostos foi o item com a pior avaliação: 90% dos entrevistados o consideraram ruim ou muito ruim. O item simplicidade teve 85% de respostas muito ruim ou ruim. O de estabilidade nas regras foi avaliado como muito ruim ou ruim por 82% dos empresários. A tributação excessiva, com 85% das menções registradas pelos empresários, lidera a lista de características negativas dos impostos brasileiros. Em seguida, com 52% das respostas, aparece a tributação em cascata (incidência de tributo sobre tributo) e, em terceiro lugar, com 41%, a tributação sobre a folha de pagamento. Também foram avaliados como negativos o custo elevado para recolhimento dos impostos e a tributação desigual entre os setores industriais.

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O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas atingiu, em agosto, alta acumulada em 12 meses de 7,55%. A taxa serve de base para o reajuste de aluguel e de pedágios. Em agosto, o índice teve variação de 0,28%, inferior à taxa registrada em julho, quando alcançou alta de 0,69%. Sobre agosto de 2014, houve avanço: no mesmo período do ano passado, a taxa teve recuo de 0,27%. No acumulado do ano, o IGP-M apresenta variação positiva de 5,34%.

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A Caixa Econômica Federal alcançou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões nos seis primeiros meses do ano, aumento de 2,8% quando comparado ao mesmo período de 2014. De acordo com a instituição financeira, no segundo trimestre do ano, o lucro líquido foi de R$ 1,9 bilhão, um crescimento de 25% sobre o primeiro trimestre do ano.  O crédito habitacional manteve-se em destaque, com crescimento de 20,8%, alcançando saldo de R$ 366,6 bilhões e 67,9% na participação do mercado. 

As operações de empréstimos nas áreas de saneamento e de infraestrutura apresentaram, no final de junho de 2015, saldo de R$ 63,3 bilhões, crescimento de 36,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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