Radar — 28/06/2016

terça-feira, 28 de junho de 2016

Bandeira verde

A bandeira tarifária nas contas de luz em julho continuará sendo a verde, ou seja, sem acréscimo para os consumidores. Este é o quarto mês seguido em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é a verde.  Segundo a Aneel, entre os fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira estão o resultado positivo do período úmido, que fez com que os reservatórios das hidrelétricas voltassem a encher, além do aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.

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O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade.

Consumidor confiante

A melhora na expectativa do consumidor fez subir o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em 3,4 pontos entre maio e junho, passando de 67,9 para 71,3 pontos, o maior desde junho de 2015. A constatação é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) ao atribuir a alta exclusivamente à melhora das expectativas dos consumidores, uma vez que os indicadores que medem a percepção sobre a situação atual ficaram estáveis no mês. Em junho, o Índice de Expectativas avançou seis pontos, atingindo 77,1, o maior desde os 81,7 de janeiro de 2015.

Dívida aumentou

A Dívida Pública Federal apresentou aumento de 2,82%, em maio na comparação com abril, ao passar de R$ 2,799 trilhões para R$ 2,878 trilhões. Os dados, que incluem o endividamento interno e externo, foram divulgados pelo Tesouro Nacional. O endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet ou pela emissão direta.

Inflação vai para 7,29%

A projeção de instituições financeiras para a inflação em 2016, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu pela sexta vez seguida, ao passar de 7,25% para 7,29%. Para 2017, a estimativa é mantida em 5,5% há seis semanas consecutivas. As projeções integram a pesquisa semanal do Banco Central e divulgada às segundas-feiras. As estimativas estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6% em 2017. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.

Consumidor paga mais

Um simples lanche, um cafezinho, um bolo de brigadeiro e uma água mineral o consumidor nem imagina quanto de imposto vai pagar. Ou seja: 16,52% no cafezinho; 33,95% no bolo e, em uma simples garrafinha de água, outros 37,44%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o brasileiro paga hoje 63 tributos entre impostos, taxas e contribuições. O lado mais cruel é que essa taxação é maior sobre o consumo no Brasil. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – órgão internacional que reúne 34 países e que promove políticas de desenvolvimento econômico e bem-estar social –, o índice é de cerca de 65%. A carga tributária na renda, por exemplo, é pouco mais de 20%.

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Os economistas são unânimes em afirmar que essa carga tributária maior em consumo quer dizer que, proporcionalmente, quem tem uma renda menor paga mais impostos.

Juros nas alturas

A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em maio. De acordo com o Banco Central, a taxa do cheque especial subiu 2,6 pontos percentuais, de abril para maio, quando ficou em 311,3% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica do BC, iniciada em julho de 1994. Em 12 meses, essa taxa subiu 79,3 pontos percentuais. A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito é ainda maior: chegou a 471,3% ao ano, em maio, com alta de 18,9 pontos percentuais em relação a abril. Em 12 meses, a taxa subiu 111 pontos percentuais. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando parcela o valor integral da fatura do cartão.

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A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados caiu 1,5 ponto percentual para 148,9% ao ano. A taxa do crédito pessoal, sem considerar operações consignadas (com desconto das prestações em folha de pagamento), caiu 0,9 ponto percentual para 129,9% ao ano. A taxa do crédito consignado caiu 0,1 ponto percentual para 29,6% ao ano.

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