Radar — 27/11/2015

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Índice de Confiança do Comércio (Icom), medido pela FGV, teve um aumento em novembro depois de cinco meses consecutivos de queda. O indicador subiu 4,6 pontos, depois do mínimo histórico de outubro (61,3 pontos). Apesar do avanço, o índice, que atingiu 65,9 pontos, é o terceiro menor da série histórica iniciada em março de 2010. O resultado foi puxado pela maior confiança dos empresários do comércio.

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Com a alta dólar, as despesas de brasileiros no exterior caíram 52,67% em outubro deste ano, em relação a igual mês de 2014. As despesas somaram US$ 1,002 bilhão em outubro, de acordo com dados do Banco Central. Nos dez meses do ano, as despesas ficaram em US$ 15,141 bilhões, com retração de 30,21% em relação ao período de janeiro a outubro do ano passado. As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 453 milhões, em outubro, e em US$ 4,786 bilhões, no acumulado de dez meses.

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As compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo ficou negativa em US$ 4,166 bilhões em outubro, e acumulou US$ 53,474 bilhões, nos dez meses do ano. Esses resultados de 2015 são os menores da série histórica do BC. Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

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A Força Sindical manifestou ontem posição contrária à política econômica do governo e disse que a manutenção da taxa Selic, em 14,25%, vai prejudicar a indústria e o comércio neste fim de ano. Segundo nota divulgada, o aumento da taxa de juros “caminha na contramão dos anseios da classe trabalhadora” e tem sido “ineficaz no combate à inflação”, encarecendo o crédito para consumo e para investimentos. A Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) criticou também a manutenção da Selic pelo Copom. 

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Todas as 29 usinas hidrelétricas que tiveram suas concessões ofertadas no leilão realizado quarta-feira pela Aneel foram arrematadas. Com isso, o pagamento de bônus de outorga, previsto em R$ 17 bilhões, foi totalmente alcançado. Os contratos de concessão terão prazo de 30 anos contados a partir da assinatura. O leilão foi realizado na BM&FBovespa, em São Paulo. 

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Pequenos produtores de agricultura familiar e assentados da reforma agrária podem financiar os equipamentos para produção de energia eólica e solar pelo programa Mais Alimentos, uma linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para dar subsídios a infraestrutura produtiva. As energias solar e eólica estão inseridas nas chamadas fontes de energia renováveis, que representaram no ano passado 41% da matriz energética brasileira.

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As empresas que fornecem água no estado do Rio podem ser obrigadas a conceder desconto na tarifa mínima mensal quando houver interrupção no serviço. É o que determina o projeto de lei que a Alerj votou ontem, em primeira discussão. Pela proposta, o desconto na tarifa deverá ser proporcional aos dias em que o fornecimento de água não acontecer. O projeto ainda será votado em segunda discussão pela Alerj. Também foi aprovado, em em segunda discussão, o projeto de lei que cria um programa para incentivar a coleta seletiva de lixo nos empreendimentos habitacionais do estado. Pela proposta, condomínios residenciais, em especial os do Minha Casa Minha Vida, teriam ações de incentivo para a adoção da coleta seletiva, com a venda do material reciclável coletado.

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