Radar — 05/05/2016

quinta-feira, 05 de maio de 2016

Veículos em baixa

As vendas de veículos automotores, incluindo motocicletas e implementos rodoviários, além de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, nas revendedoras autorizadas de todo o país caíram 9,32% em abril sobre março e 21,34% na comparação com abril do ano passado. No primeiro quadrimestre deste ano, a comercialização recuou 22,52% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Entre as maiores quedas em março último estão os caminhões (-13,07%). O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, atribui a retração ao desaquecimento da economia.

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A falta de reação do mercado de veículos no Brasil tem resultado em um número cada vez maior de concessionárias que tiveram de encerrar seus negócios. De janeiro a abril deste ano, 404 revendas fecharam as portas - para um total de 6.299 lojas em operação -, informou a Fenabrave. Em 2015, quando a venda de veículos caiu 26,5%, foram 627 revendas a menos e 32 mil vagas de emprego fechadas. Com isso, no acumulado de janeiro de 2015 a abril de 2016, houve uma redução de 1.031 no número de concessionárias no Brasil, com 48 mil trabalhadores demitidos.

Materiais de construção

De janeiro a abril deste ano, as vendas no varejo de material de construção caíram 11% em comparação a igual período de 2015. Abril sobre março acusou recuo de 7%. Já em relação a abril do ano passado, a redução apontada é de 2%. O resultado é de pesquisa - feita entre os últimos dias 26 e 30 de abril com 530 lojistas de todo o país - pelo Instituto de Pesquisas da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Entre os itens com as maiores quedas estão as telhas de fibrocimento (-7%) ; louças sanitárias (-6%), tintas (-5%) e revestimentos cerâmicos (-5%). No período, permaneceram estáveis as vendas de fechaduras, ferragens e metais sanitários.

Dia das Mães

Este ano, o Dia das Mães deve ter uma movimentação de R$ 2,2 bilhões no comércio eletrônico, segundo estimativas da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Esse valor representa um crescimento de 8% em relação ao movimentado na mesma data do ano passado. O Dia das Mães festejado no próximo domingo, 8, é considerada a segunda data mais importante para o varejo e a associação calcula que o tíquete médio deve totalizar R$ 256. A quantia é um pouco menos que a gasta no mesmo período de 2015, quando o gasto médio foi de R$ 320. Mesmo ainda registrando crescimento, a evolução será menor do que o observado nos anos anteriores, aponta a entidade. Em 2015, por exemplo, o crescimento obtido foi de 26%, enquanto que em 2014 houve evolução de 23%.  Segundo a ABComm, essa desaceleração se deve ao cenário macroeconômico desfavorável, além das incertezas dos consumidores sobre o nível da renda e emprego. As categorias de produtos que se destacam na data são moda, cosméticos, eletrodomésticos, flores, casa e decoração.

Eletroeletrônicos caem

O setor de eletrônicos e informática liderou a forte retração da indústria em março, derrubado pelo encalhe nas vendas de televisores, aparelhos celulares, computadores, geladeiras e fornos de microondas. O tombo foi de 31,1% ante março de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até a indústria automobilística, que coleciona repetidas quedas na produção, caiu menos que o setor: 23,8% em março. Foi o 22º mês de contração dos eletroeletrônicos, que fecharam o primeiro trimestre com atividade 26,8% menor, mostram dados do IBGE. 

Impostômetro

O valor pago pelos brasileiros em impostos neste ano alcançou R$ 700 bilhões por volta de 23h20 de terça-feira 3, segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo. No ano passado, esse mesmo montante foi alcançado um dia depois, em 4 de maio. O presidente da ACSP, Alencar Burti, destaca que o Brasil já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e que não suportará novos aumentos. “Qualquer tentativa de elevação de impostos irá aprofundar a recessão. Esperamos que o governo comece a revisar seus gastos para ajustar o orçamento. Só assim será possível recuperar a confiança do consumidor e do empresariado, juntamente com a desaceleração da inflação que se avista”, afirma. O Tesouro Nacional estima que a carga tributária brasileira cresceu em 2015 e atingiu 32,71% do Produto Interno Bruto (PIB). Até terça-feira, 3, Nova Friburgo pagou R$ 114 milhões em tributos este ano.

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