Juros nas alturas

sábado, 28 de maio de 2016

Juros nas alturas

A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em abril. De acordo com dados do Banco Central, divulgados no último dia 25, a taxa do cheque especial subiu 7,9 pontos percentuais, de março para abril, acumulando 308,7% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica do banco, iniciada em julho de 1994. Já a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito caiu 0,8 ponto percentual. Mesmo assim, continua sendo a mais alta das taxas pesquisadas pelo BC. Em abril, taxa ficou em 448,6% ao ano.

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A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 4,8 pontos percentuais e ficou em 150,7% ao ano. A taxa do crédito pessoal subiu 4,6 pontos percentuais para 130,8% ao ano. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) caiu 0,2 ponto percentual para 29,7% ao ano. A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 6,2%.

Vagas diminuem

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativos a abril, divulgados pelo Ministério do Trabalho, apontam recuo no fechamento de vagas de trabalho no país. O fechamento de 62.844 postos de trabalho com carteira assinada no mês foi o menor resultado negativo desde abril de 2015. No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o país perdeu 378.481 empregos formais. Nos últimos 12 meses, já foram reduzidas 1.825.609 de vagas formais. Os números levam em conta a diferença entre demissões e contratações. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram. Em abril, o país registra 39,315 milhões de trabalhadores com carteira de trabalho assinada.

Olimpíadas vendem menos

As olímpíadas se aproximam e a venda de produtos licenciados estão sendo afetadas pela crise política e econômica. A situação foi confirmada pela diretora de licenciamento e varejo do comitê organizador, Sylmara Multini. A expectativa é que cresça o entusiasmo dos brasileiros com os jogos. A previsão era de que até o final de maio, faltando cerca de 70 dias para o início dos Jogos, já houvesse 10% das vendas dos produtos licenciados. Porém, diante do ambiente conturbado do país, o engajamento da população ainda não aconteceu e as vendas de produtos licenciados atingiram apenas 7% do total.

Bolsas de estudos

A crise no financiamento estudantil oficial - por meio de programas como Fies e ProUni - está animando o mercado privado de companhias especializadas em oferecer bolsas e descontos em universidades. Companhias como a Quero Bolsa, a Neora e a Educa Mais Brasil estão sendo contratadas pelas instituições de ensino, que destinam a elas uma parte das vagas a serem preenchidas. Na prática, essas empresas reúnem os descontos oferecidos pelas redes educacionais. Esses negócios devem crescer cerca de 50% no primeiro semestre de 2016, na comparação com igual período do ano passado. A expansão reflete a disposição de grupos de educação de buscar as próprias soluções para a escassez de recursos do governo, que sustentaram por vários anos o crescimento do setor.

Aquecedores vendem mais

A chegada do frio fez disparar a procura por aquecedores. Em abril, a busca pelo produto cresceu 109% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo levantamento do site comparador de preços Zoom. Em maio, entre os dias 1º e 24, a procura subiu 37% em relação a maio de 2015. De acordo com o Zoom, a diferença de preços dos modelos mais procurados pode chegar a 301%. É o caso do aquecedor elétrico Britânia AB1100N, terceiro modelo mais procurado nesta semana. A depender do vendedor, o produto pode custar entre R$ 65,90 e R$ 198,39.

Obesos protegidos

O governo do Chile proibirá a venda do chocolate "Kinder Ovo", que traz um brinquedo como brinde, e modificará o "McLanche Feliz", a partir do dia 27 de junho. Nessa data entrará em vigor uma nova lei que pretende frear a obesidade no país. A nova norma - pioneira no mundo por sua elevada exigência - tem como objetivo estabelecer regras na informação nutricional na publicidade de alimentos dirigidos às crianças e na venda em escolas de determinados produtos.

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O Chile é o segundo país com mais obesos da América Latina e apresenta uma das taxas mais altas de obesidade infantil, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Segundo o órgão, 9,5% dos menores de 5 anos são obesos, enquanto dados do Ministério da Saúde do Chile garantem que mais de 30% das crianças de 0 a 7 anos estão acima do peso.

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