Investimento recorde

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Investimento recorde

O investimento direto no país, recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 11,528 bilhões, em janeiro deste ano, informou o Banco Central. Esse foi o maior valor para o mês na série histórica, que tem início em 1995. Em janeiro de 2016, esses investimentos ficaram em US$ 5,455 bilhões. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, é incomum entrar esse volume de recursos no início do ano. Ele explicou que esse resultado foi influenciado por operações no setor de eletricidade.

Inflação abaixo da meta

Economistas consultados pelo Banco Central reduziram mais uma vez a previsão para a inflação no final de 2017. Agora, a projeção para a alta dos preços é de 4,43%, abaixo da meta do governo, de 4,5%. A estimativa para a cotação do dólar também caiu. As projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo BC foram: PIB (Produto Interno Bruto): foi mantido em 0,48%; inflação: caiu de 4,47% para 4,43%; taxa básica de juros: foi mantida em 9,5%; dólar: caiu de R$ 3,36 para R$ 3,30.

Multa sem justa causa

O presidente Michel Temer encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei que altera a Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001, para eliminar gradualmente a multa adicional da contribuição social devida pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa. A mensagem de envio da matéria está publicada no Diário Oficial da União do dia 17. Conforme o governo divulgou em dezembro, a intenção é promover uma redução gradativa da multa de 10% do FGTS que as empresas são obrigadas a pagar em casos de demissão sem justa causa. Isso para que não haja impactos no fundo. A proposta divulgada em dezembro previa corte de um ponto porcentual por ano, durante dez anos. Com isso, segundo o governo, a medida ajuda a diminuir os custos indiretos dos empresários, o que terá efeito positivo sobre o caixa das empresas.

Vendas essenciais caíram

A queda generalizada do varejo atingiu também os produtos essenciais. As vendas do segmento de hiper e supermercados caíram 3,1%. Até os gastos na farmácia e com vaidade foram restringidos. Hiper e supermercados registraram o segundo ano de queda nas vendas, após os -2,5% de 2015. Na crise, sobrou até para os gastos com saúde. O grupo de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve a primeira queda da série iniciada em 2004. Em 2015 este segmento havia tido resultado positivo, com alta de 3%. A boa nova é que, com a inflação menor, as vendas desses artigos essenciais deverão se recuperar durante este ano.

Visitantes que chegam

O Rio de Janeiro deve receber 14 transatlânticos no período do Carnaval. A expectativa é de que cerca de 50 mil pessoas cheguem à capital fluminense pelo Pier Mauá, na zona portuária, até o dia 28 de fevereiro. A previsão é de que a maior parte das embarcações chegue no próximo domingo, totalizando sete transatlânticos atracados no local. Somente neste dia, a prefeitura estima que a movimentação de turistas fique na casa dos 35 mil, entre passageiros e tripulantes. Até abril deste ano, 93 embarcações devem atracar no Pier Mauá com cerca de 350 mil pessoas, entre passageiros e tripulantes, que devem injetar US$ 105 milhões na economia da cidade. Os cálculos baseiam-se na média diária de gastos de US$ 300 por turista, de acordo com dados da Associação Brasileira de Operadores de Turismo Receptivo Internacional.

Novos limites

Começou a valer ontem a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que aumentou o limite máximo do valor dos imóveis novos adquiridos por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Até 31 de dezembro deste ano, os mutuários poderão financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão, utilizando recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os financiamentos do SFH cobram juros menores que os demais financiamentos do mercado, de até 12% ao ano. Acima desses valores, valem as normas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas mais altas e definidas livremente pelo mercado.

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Essa foi a segunda elevação do limite nos últimos três meses. Em novembro, o CMN tinha reajustado o teto de financiamento de R$ 650 mil para R$ 800 mil, na maior parte do país, e de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O novo teto de R$ 1,5 milhão valerá para todas as regiões do país.

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