Inflação fecha em 2,95%

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Inflação fecha em 2,95%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou 2017 com alta acumulada de 2,95%, resultado 3,34 pontos percentuais inferior aos 6,29% de 2016. É o menor número desde a taxa de 1998 quando ficou em 1,65%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, em dezembro, o IPCA fechou em 0,44%, ficando 0,16 ponto percentual acima do resultado de novembro (0,28%). Essa foi a maior variação mensal de 2017. Em 2016, o IPCA de dezembro atingiu 0,3%.

Alta para a terceira idade

O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos, fechou 2017 em 3,80%. A taxa é inferior aos 6,07% acumulados em 2016. O dado foi divulgado pela Fundação Getulio Vargas. Apesar da queda de um ano para outro, o IPC-3i fechou 2017 com a taxa acima do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de idade e que ficou em 3,23% no período.

Extinção de cargos

O governo federal extinguiu 60,9 mil cargos da administração pública que já estão vagos ou que dependeriam de novos concursos públicos. O decreto do presidente Michel Temer com detalhes sobre os cargos que serão extintos, referentes a diversos órgãos, publicado no Diário Oficial da União deve valer até março deste ano.

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A maioria da redução das despesas com pessoal está relacionada à extinção de cargos atualmente vagos. É o caso de agentes administrativos de ministérios, odontólogos, auxiliares de enfermagem e agentes de saúde pública da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), na qual deixarão de existir cinco mil cargos. Funções que hoje não são mais exercidas também estão na lista, como datilógrafos, agente de microfilmagem, perfurador digital, que são quadros da Imprensa Nacional.

Falências caíram

Os pedidos de falência caíram 18,2% no acumulado de 2017 em relação a 2016. Já as falências decretadas subiram 2,9% no ano passado, enquanto os pedidos de recuperação judicial em andamento tiveram queda de 23,7% e os já deferidos, de 18,9%. Os dados são da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

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O setor de serviços teve o maior percentual nos pedidos de falência (44%), seguido pelos setores industrial, com 30%, e do comércio, com 26%. Em relação a 2016, a indústria foi o setor que mais registrou queda na comparação dos valores acumulados no ano de 2017, com queda de 33%. Mantida base de comparação, o comércio teve redução de 12% e o setor de serviços, de 8%.

Comércio em bom andamento

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou uma estimativa onde aponta que o crescimento para o comércio varejista em 2017 deve ser de 3,9%. O percentual foi calculado com base na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de novembro, produzida pelo IBGE.

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A PMC de novembro mostra que o volume de vendas nos dez segmentos que integram o varejo ampliado avançou 2,5% em relação a outubro. Segundo a CNC, foi o melhor resultado na comparação mensal desde 2003, quando o IBGE passou a divulgar os dados do varejo ampliado. Frente a novembro de 2016, houve alta de 8,7%. A

 CNC projeta ainda um crescimento de 5,1% para 2018, se preservado o cenário atual de inflação abaixo da meta e juros em queda. 

ISS modificado

As finanças municipais terão um alívio com a mudança na cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS), em vigor desde o início do ano. Em média, a receita com esse tributo deve aumentar mais de 20%, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios. A cobrança deixou de ser feita no município de origem e passou para o destino. Isso significa que as empresas terão de recolher o ISS no local de prestação do serviço e não mais na sede da companhia. A mudança vale para as operações com cartões, leasing (arrendamento) e planos de saúde, e foi aprovada para acabar com a chamada guerra fiscal entre os municípios. Com isso, as empresas terão de recolher os valores a milhares de prefeituras.

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