Incerteza na economia

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Incerteza na economia

O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 2,2 pontos de dezembro de 2017 para este janeiro. O indicador chegou a 109,6 pontos, em uma escala de zero a 200.

Segundo a FGV, o resultado de janeiro “reforça a ideia de que será difícil, pelo menos em curto prazo, ver a incerteza econômica oscilar em torno de sua média histórica de 100 pontos”. Ainda há incertezas em torno da situação fiscal do país e de questões político-partidárias.

Indústria cinematográfica

O ano passado foi marcado por um recorde de lançamento de filmes brasileiros – 158 títulos, o que representa um aumento de 11,3% em relação a 2016, quando chegaram às telas 142 novos filmes nacionais. O número de lançamentos é o mais alto da série histórica, iniciada em 1995. A informação consta do Informe de Salas de Exibição de 2017, divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine).

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O informe revela, no entanto, que 2017 foi um ano que também registrou uma queda expressiva do número de espectadores de filmes nacionais, se comparado ao ano de 2016. Devido a diminuição significativa de 42,8%, o aumento de 6,4% no público de filmes estrangeiros não foi suficiente para expandir o público total em 2017, que somou 181,2 milhões de espectadores, em um recuo de 1,7% em relação a 2016 (184,3 milhões).

Aposentadorias encolheram

Em meio às discussões sobre a reforma da Previdência, disparou o número de pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição. Esses pedidos cresceram 5,5% no ano passado, enquanto as aposentadorias por idade, que exigem no mínimo 65 anos para homens e 60 anos para mulheres, subiram 3,7%. Em 2014, o ritmo de crescimento das duas categorias era praticamente igual.

Reforma dos servidores

A pedido do presidente Michel Temer, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) costura proposta alternativa para os servidores públicos na reforma da Previdência.

Ele foi incumbido de negociar com representantes do funcionalismo público uma proposta para a transição de aposentadoria para quem entrou no serviço público antes de 2003. Esse é um ponto de impasse da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência.

Alimentos sobem

Os preços no varejo atuaram no sentido de elevação no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de janeiro ante dezembro, que desacelerou de 0,89% para 0,76%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu de 0,30% para 0,56%, com a influência principal, assim como no mês anterior, do grupo alimentação, que teve forte alta no período, de 0,13% para 1,11%. Dentro do segmento, o item hortaliças e legumes foi o que mais contribuiu para o avanço, ao ter alta de -3,56% para 13,56%.

Supermercados vendem mais

As vendas nos supermercados cresceram 1,25% em 2017 em comparação ao registrado ao longo do ano anterior, segundo balanço da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em dezembro, a movimentação do setor registrou alta de 2,55% em relação ao mesmo mês de 2016.

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A entidade estimava uma elevação de 1,5% no faturamento para o ano passado. No entanto, o setor enfrentou, segundo o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, queda nos preços de diversos produtos além do esperado. “Fomos pegos de surpresa com o tamanho da deflação”, enfatizou. No acumulado de janeiro a dezembro de 2017, a cesta básica de produtos teve queda de -7,05%, passando de R$ 483,10 para R$ 449,02.

Correção do aluguel

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) - usado para corrigir os alugueis - variou 0,76% em janeiro, desacelerando com relação a dezembro, que variou 0,89%. Em janeiro de 2017, a variação foi de 0,64%. Em 12 meses o IGP-M registrou taxa de -0,41%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas. 

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