FMI otimista

quarta-feira, 18 de abril de 2018

FMI otimista

A economia do Brasil terá um crescimento maior que o esperado neste e no próximo ano, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), puxado pela recuperação do consumo privado e dos investimentos, mas a performance do país ainda estará muito aquém da média global e das economias emergentes. O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil crescerá entre 2,3% e 2,5% em 2018 e 2019, respectivamente. Ambas as projeções são 0,4% superiores à previsão de janeiro, mostrou o documento "Perspectiva Econômica Global" do fundo.

Risco fiscal

O maior motivo de preocupação do sistema financeiro brasileiro passou a ser o cenário político e o risco fiscal, no lugar de recessão e inadimplência, mostrou o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central. No documento, a autoridade monetária informou ainda que o risco de liquidez continua sendo baixo e que os testes de estresse de capital mostraram "aumento da resiliência do sistema bancário" em todos os cenários simulados.

Redução dos juros

A redução dos juros para financiamento da casa própria com recursos da poupança, na Caixa Econômica Federal, gera economia significativa no preço final do imóvel, entre 6,5% e 7% do valor total gasto. Para especialistas, as novas regras devem aquecer o mercado imobiliário e garantir que milhares de reais fiquem no bolso dos consumidores.

Benefícios sociais

O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse que o governo ainda está avaliando o reajuste do Bolsa Família neste ano. Colnago falou sobre o assunto após anúncio de revisão de benefícios sociais. Há menos de uma semana, o novo ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, havia afirmado que o reajuste do programa ainda não estava definido, mas que poderia ser anunciado ainda este mês ou em maio.

Juros elevados

Os juros do crédito rotativo cobrados no cartão de lojas, aquele oferecido pelo vendedor na boca do caixa como um crédito fácil e rápido, podem chegar a 875,25% ao ano, aponta levantamento feito pela Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. O levantamento, que avaliou 37 cartões de lojas de departamento, postos de combustíveis e supermercados no primeiro bimestre, constatou que, na média, os juros do rotativo desses cartões foi de 432,47% ao ano. Essa marca supera a taxa média do rotativo ao ano 333,9% cobrada pelo cartão de crédito dos bancos em fevereiro, segundo o Banco Central.

Concentração bancária

Os quatro maiores bancos do país - Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Caixa - concentram 78,51% das operações de crédito, conforme o Relatório de Estabilidade Financeira, do BC. Os números referem-se a dezembro (fim do segundo semestre de 2017). Em junho do ano passado, o percentual era de 78,65% e, em setembro, de 78,64%. Essas quatro instituições concentram 72,69% dos ativos e 76,35% dos depósitos. Em junho, os percentuais eram de 72,99% e 76,74%, respectivamente.

Poder político X votos

Os mesmos parlamentares que terão de aprovar no Congresso o projeto de privatização da Eletrobras têm motivos para serem contrários à venda da estatal, já que exercem influência nas subsidiárias da companhia, disse o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. Para ele, os parlamentares que questionam o modelo de venda da Eletrobras buscam justificativas para adiar o processo. "É algo mais sutil, mas, no fundo, são argumentos sofisticados usados por quem é contrário", acredita Pires. Cargos em estatais, diz ele, dão poder político, econômico, status e voto.

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