Devedoras de depósitos

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Devedoras de depósitos

Cerca de 7 milhões de trabalhadores não tiveram depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), incluindo contas ativas e inativas, feitos corretamente por seus empregadores. São 198,7 mil empresas devedoras de depósitos de FGTS, segundo informações da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Com isso, muitos trabalhadores que quiserem sacar o saldo do FGTS de uma conta inativa podem ter problemas. No Rio de Janeiro, as dívidas chegam a R$ 4,1 bilhões, distribuídos entre 27,7 mil empresas inadimplentes.

Devedores da Previdência

Os devedores da Previdência Social acumulam uma dívida de R$ 426,07 bilhões, quase três vezes o atual déficit do setor, que foi cerca de R$ 149,7 bilhões no ano passado. Na lista, que tem mais de 500 nomes, aparecem empresas públicas, privadas, fundações, governos estaduais e prefeituras que devem ao Regime Geral da Previdência Social. O levantamento foi feito pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, responsável pela cobrança dessas dívidas.

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De acordo com o coordenador-geral da Dívida Ativa da União, Cristiano Lins de Moraes, algumas dessas dívidas começaram na década de 60. “Tem débitos de devedores de vários tipos, desde um pequeno a um grande devedor, e entre eles há muita variação de capacidade econômica e financeira. Também há algumas situações de fraude, crimes de sonegação e esquemas fraudulentos sofisticados. Às vezes, um devedor que aparenta não ter movimentação financeira esconde uma organização que tem poder econômico por trás dele”, afirma o procurador da Fazenda Nacional.

Roubo de cargas

Os criminosos roubam as cargas, e o consumidor paga a conta. Segundo a Associação de Supermercadistas do Rio de Janeiro (Asserj), a explosão desse tipo de crime no estado, com quase dez mil ocorrências só no ano passado, já causa reflexos na boca do caixa. A estimativa é de que a alta do preço dos produtos mais visados pelos bandidos, em especial as carnes e bebidas, chegue a até 20%.

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“Cada rede lida de uma forma com essa questão. O mais comum é que o repasse do preço aconteça diretamente nesses produtos mais roubados, mas temos uma rede, por exemplo, que dilui o prejuízo em todos os valores que cobra”., explica Fábio Rossi de Queiróz, presidente executivo da Asserj, que conta com cerca de 300 associados, em um total de 1.600 lojas.

Todos pagam

Na avaliação da Asserj, a média de um roubo de carga a cada 54 minutos, registrada em 2016, como mostram dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), implica uma série de custos adicionais para empresários, transportadoras e comerciantes. Há aumento no preço do seguro, nas taxas de locomoção e em outras questões logísticas de modo geral. Além, claro, dos investimentos em segurança, que mesmo assim se mostram incapazes de garantir a chegada dos produtos incólumes a seus destinos.

Shoppings otimistas

O primeiro mês de 2017 mostra sinais de otimismo para o varejo. De acordo com o Índice de Visitas a Shopping Centers (IVSC), o fluxo de pessoas nesses estabelecimentos pelo país teve alta de 0,33% em janeiro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2016. O levantamento é realizado mensalmente pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O maior crescimento foi registrado na região Nordeste, com 3,25%, seguido por Sudeste, com 0,68%. A região Sul, por sua vez, registrou queda de 2,73% na comparação anual.

Sem saneamento

Levantamento divulgado segunda-feira, 20, pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados, revela que 50,3% dos brasileiros tinham acesso à coleta dos esgotos em 2015, porém somente 42% dos esgotos eram tratados. Cerca de 34 milhões de brasileiros não tinham acesso a água tratada naquele ano. O estudo mostra que, apesar dos investimentos feitos nos últimos cinco anos, o país avançou pouco em saneamento básico, inclusive nas capitais.

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Elaborado com base em números do Ministério das Cidades (2015), o levantamento traça o perfil do Novo Ranking do Saneamento Básico das 100 maiores cidades brasileiras. “Cinco cidades reportaram 100% no acesso à coleta de esgoto: Curitiba (PR), Diadema (SP), Londrina (PR), Maringá (PR) e Ponta Grossa (PR), enquanto Santarém (PA) indicou 0% (zero)", diz o comunicado do instituto.

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