Confiança em alta

terça-feira, 03 de outubro de 2017

Confiança em alta 
O Índice de Confiança Empresarial, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,3 ponto na passagem de agosto para setembro. Com essa alta, a terceira consecutiva, o indicador chegou a 87,3 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014 (87,6 pontos). O Índice de Situação Atual, que avalia a opinião dos empresários em relação ao momento presente, cresceu 1,2 ponto e alcançou 82,9 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação ao futuro, avançou um ponto e chegou 93,8 pontos. Em setembro, a confiança avançou em todos os quatro grandes setores pesquisados pela FGV: comércio (0,6 ponto), serviços (0,5 ponto), indústria (0,1 ponto) e construção (0,1 ponto).

Inflação reduzida
O mercado financeiro reduziu a estimativa de inflação este ano, pela sexta vez consecutiva. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 2,97% para 2,95%. O limite inferior da meta é 3%, com centro em 4,5%. Essa estimativa é do boletim Focus, uma publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central, com base em estimativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2018, a estimativa foi reduzida de 4,08% para 4,06%. Essa foi a quinta redução seguida.

Empresas endividadas
A inadimplência das empresas cresceu 3,42% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar da alta, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), autor da pesquisa, divulgou que se trata do aumento mais comedido para o mês de agosto em sete anos de série histórica. Em períodos anteriores, as altas foram de 7,61% em 2016; 9,90% em 2015; 7,64% em 2014; 8,32% em 2013; 11,67% em 2012, e 13,79% em 2011. 
 

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De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, mesmo em meio à crise econômica que o país atravessa, essa desaceleração do aumento da inadimplência entre as empresas ocorre em virtude da maior restrição ao crédito e menor inclinação ao investimento por parte dos empresários.
PIB em alta
Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2017 e 2018. A expectativa de alta para o PIB deste ano foi de 0,68% para 0,70% no Relatório de Mercado Focus. Há um mês, a perspectiva estava em 0,50%. Para 2018, o mercado elevou a previsão de expansão da economia, de 2,30% para 2,38%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,00%.

Idosos ganham mais 
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que os trabalhadores formais com mais de 65 anos estão entre os maiores salários do país. Se comparar com a média brasileira de salários no mês de agosto, de R$ 1.495,07, a remuneração dos idosos supera em 32,5% esse valor. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, a remuneração média dos idosos foi de R$ 1.981,61.

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“Essa é uma notícia muito boa porque mostra que as empresas brasileiras reconhecem a importância da experiência no ambiente de trabalho”, disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em declaração publicada no site do órgão. Na faixa etária entre 50 e 64 anos, onde está classificada parte dos idosos, a remuneração também foi superior à média e fechou agosto em R$ 1.727,54. Em 23 das 27 unidades da federação, os idosos ganham mais. Apenas Amapá e Rio Grande do Sul não seguem essa lógica. Nestes, trabalhadores formais entre 40 e 49 anos têm as melhores remunerações.

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