Comércio em baixa

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Comércio em baixa

As vendas do comércio varejista do Rio de Janeiro caíram 6,1% mês passado, comparativamente a março de 2015, segundo o Termômetro de Vendas divulgado pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas – CDL-Rio. É o pior resultado desde março de 2006 quando a queda chegou a 10,6%. Com o resultado de março, as vendas do comércio varejista do Rio fecharam os primeiros três meses do ano (janeiro a março) com queda acumulada de 9% frente ao mesmo período do ano passado, também o pior resultado para o mês desde 2006. A elevação dos juros, o desemprego e a inflação em patamar elevado podem ser considerados como os principais fatores para os resultados negativos do primeiro semestre e do mês de março. Outra constatação da pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas do Rio é de que, mesmo tendo caído 7,4% frente a março de 2015, as vendas à vista foram as preferidas pelos consumidores.

Americanas.com

Pesquisa do Conecta aponta que 60% dos internautas brasileiros costumam fazer compras no site Americanas.com. Em seguida, os mais procurados são Mercado Livre (45%) e Netshoes (44%). A pesquisa revela também que apenas 7% dos internautas não costumam fazer compras online. A pesquisa foi realizada com dois mil internautas em março por meio do Conecta Express, pesquisa online multiclientes, com cobertura nacional e representativa da população de internautas brasileiros, que permite responder a qualquer tipo de pergunta de maneira exclusiva com rapidez e economia.

Menor nível

O Índice de Confiança do Consumidor, um termômetro que serve para apurar como está o estado de espírito da população com a economia do país, atingiu em abril seu menor nível histórico, segundo a Fundação Getulio Vargas.  Esse ponto negativo já é eloquente por si só, mas também chama a atenção a velocidade com que o declínio ocorreu: em quatro anos, o país foi do ápice do otimismo ao mais baixo pessimismo. De abril de 2012 a abril deste ano, o índice de confiança caiu exatamente pela metade. Há quatro anos, o indicador atingiu 128,7 pontos, seu maior patamar histórico. Este mês, a pontuação desceu a 64,4 pontos. Sem perspectivas de melhora da economia, as expectativas só fazem piorar, como atestou a FGV.

Cartões de crédito

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou terça-feira, 26, em primeira discussão, o projeto de lei 674/15, da deputada Martha Rocha (PDT) que proíbe o envio de cartão de crédito sem autorização do consumidor. Caso a norma não seja cumprida, o responsável pela emissão do cartão estará sujeito a multas previstas pelo Código de Defesa do Consumidor. A deputada explica que o envio do cartão sem autorização constitui prática comercial abusiva. O projeto ainda será votado em segunda discussão.

Endividados caem

O percentual de famílias endividadas no país caiu de 60,3% em março para 59,6% em abril deste ano. Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o percentual é também inferior ao observado em abril de 2015, que ficou em 61,6%. A proporção de famílias inadimplentes caiu de 23,5% em março para 23,2% em abril deste ano. No entanto, esse indicador ainda está em patamar superior ao observado em abril de 2015 (19,7%).

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O mesmo acontece com as famílias que não terão condições de pagar suas contas. O percentual recuou de março (8,3%) para abril (8,2%), mas manteve-se acima do patamar de abril de 2015 (6,9%). O percentual de famílias que se consideram muito endividadas subiu de 12% em abril de 2015 para 14,5% este mês. A maior parte das dívidas é com cartões de crédito (77,9%). Em seguida, aparecem os carnês (15,4%), financiamentos de carro (11,9%) e créditos pessoais (10,5%). O tempo médio dos pagamentos em atraso fica em 61,8 dias.

Sem transparência

A maioria dos provedores de acesso à internet no Brasil não informa claramente de que maneira coleta, utiliza e armazena os dados dos consumidores. É o que revela o estudo 'Quem defende seus dados?', realizado pelo Internet Lab - um dos principais centros de pesquisa de política em internet no país - em parceria com a organização não governamental norte-americana Electronic Frontier Foundation (EFF), uma das mais importantes entidades de defesa de direitos digitais em todo o mundo. Entre as operadoras brasileiras, a mais bem colocada foi a Tim, que recebeu pelo menos um ponto nos principais quesitos; a pior posicionada foi a Oi, que pontuou em apenas uma das categorias. Para fazer o estudo, as entidades analisaram contratos de prestação de serviço de banda larga (fixa, móvel ou ambos) das operadoras Claro, Oi, Tim, Vivo, Net e GVT. Cada uma fornece pelo menos 10% do total de acessos à internet no país - ao todo, elas são responsáveis por cerca de 90% das conexões. 

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