Combustíveis puxam inflação

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Inflação de 3%

O mercado financeiro aumentou a projeção para inflação pela segunda vez seguida. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 2,98% para 3%, este ano. A estimativa é do Boletim Focus, uma publicação semanal do site do Banco Central, com projeções para os principais indicadores econômicos.

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Para 2018, a estimativa para o IPCA permanece em 4,02%. As expectativas para os próximos dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.

Novo reajuste

A Petrobras elevará os preços do diesel em 1,4% e reduzirá os da gasolina em 0,1% nas refinarias a partir de hoje, 17, segundo comunicado publicado no site da estatal. Os reajustes fazem parte da nova sistemática de preços da companhia, que prevê alterações até mesmo diárias nas cotações dos combustíveis, em uma tentativa da petroleira de evitar perda de participação no mercado.

Pagamento do PIS

O governo começa na próxima quinta-feira, 19 o novo  calendário de pagamento do PIS (Programa de Integração Social). Na região Sudeste está a maioria dos 6,4 milhões de beneficiários que dividirão os R$ 11,2 bilhões liberados este ano. Os quatro estados dos Sudeste têm 3,9 milhões de pessoas com direito a saques, 61% do total. O valor a ser liberado para a região é de R$ 7,18 bilhões, cerca de 64,1% do total do país. 

Combustíveis puxam inflação

Com alta de 1,91% em setembro, frente ao mês anterior, os combustíveis foram os itens que mais contribuíram para a variação de 0,16% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O litro da gasolina ficou, em média, 2,22% mais caro em relação a agosto. Essa alta foi influenciada pela política de reajuste de preços dos combustíveis dos últimos meses. No acumulado no ano, o IPCA registrou 1,78%, e, nos últimos 12 meses, 2,54%.

Melhora no comércio

O volume de vendas do comércio varejista aumentou 3,6% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2016. É a maior variação mensal desde que essa recuperação começou, em abril. Os destaques foram os móveis e eletrodomésticos, cujas vendas cresceram 16,5% em relação a agosto do ano passado. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o varejo registrou, respectivamente, 1,7% e 2,3%. É o que revela a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.

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Esse é o quinto mês consecutivo de aumento do volume das vendas no varejo em relação a 2016. Segundo a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, o ano passado foi muito difícil para o comércio: “A base de comparação baixa e a conjuntura econômica mais favorável deste ano ajudaram nessa série de variações positivas”, explica.

Poder do estado

Diante dos efeitos da pior recessão da história do país, o brasileiro admite que a condição de vida piorou nos últimos tempos, mas não está disposto a apoiar medidas que limitem o poder do estado em nome de uma solução para a crise econômica, tampouco aceita um aumento da carga tributária. É o que mostra pesquisa da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getúlio Vargas.

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No total, 40,8% dos entrevistados afirmaram que a crise econômica só seria resolvida com uma maior interferência do estado na economia. Para 60% deles, a redução da desigualdade de renda é responsabilidade do governo.

Ainda segundo a pesquisa, 58,6% apoiam total ou parcialmente programas como o Bolsa Família e 20,8% discordam que essas políticas de transferência de renda são boas para o país.

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