BNDES empresta mais

quinta-feira, 01 de março de 2018

BNDES empresta mais

O segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) respondeu por 56% dos R$ 3,9 bilhões desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em janeiro deste ano, o que corresponde a R$ 2,2 bilhões. A participação é recorde. Somente as médias empresas, com faturamento médio anual de até R$ 300 milhões, responderam por 29,5% dos recursos liberados pelo banco no mês, somando R$ 1,13 bilhão, expansão de 59%.

Sem trabalho

O mercado de trabalho no país perdeu 562 mil vagas com carteira assinada em um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,7% no trimestre encerrado em janeiro ante o mesmo período de 2017, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,6%, com 581 mil empregados a mais.

Renda desigual

O Maranhão foi o estado que registrou a menor renda per capita em 2017, segundo o IBGE. A renda média domiciliar por pessoa no estado é de R$ 597. O Distrito Federal foi o que registrou o valor mais alto de todo o país, com renda média de R$ 2.548. No Estado do Rio de Janeiro a média é de RS 1.445. O levantamento ainda mostra que a média de renda por pessoa no Brasil é de R$ 1.268. 

Corte de vagas

A construção cortou 281 mil postos de trabalho em um ano, segundo a Pnad Contínua, do IBGE. O total de ocupados na atividade encolheu 4,0% no trimestre até janeiro ante o mesmo período de 2017. Também houve corte de vagas no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com menos 350 mil empregados, um recuo de 3,9% no total de ocupados, e no segmento de transporte, armazenagem e correio, menos 11 mil vagas, redução de 0,3% na ocupação.

Sem avanços

De 13 recomendações feitas pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) no ano passado, o Brasil não tomou providência alguma em pelo menos cinco, segundo o documento "Relatórios Econômicos OCDE: Brasil 2018". Entre as que não avançaram no último ano, está, por exemplo, a reforma tributária. A recomendação era consolidar os tributos federais e estaduais incidentes sobre o consumo em um único imposto sobre valor agregado; tampouco houve avanços nas medidas para fortalecer a concorrência entre empresas.

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Também não houve avanços para eliminar, ainda que gradualmente, a possibilidade de deduzir gastos com planos de saúde do Imposto de Renda. Na avaliação da entidade, essa é uma forma regressiva de gasto público.

Outro ponto pendente foi o estabelecimento de mandatos fixos para o presidente do Banco Central e para os membros do Comitê de Política Monetária (Copom).

Mercado recupera

O Brasil ganhou 157 mil postos de trabalho em um trimestre, ao mesmo tempo em que 51 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados. Outros 252 mil indivíduos aderiram à população inativa, segundo a Pnad Contínua, do IBGE.

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"Ainda que seja pelo trabalho informal, observa-se uma recuperação do mercado em termos de volume, seja de maior ocupação ou de menor desocupação", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Reforma do PIS/Cofins

Apesar de integrar a agenda de 15 medidas econômicas prioritárias do governo federal, a proposta de reforma do PIS/Cofins deve demorar mais para ser enviada ao Congresso. O mais provável é que o envio ocorra em agosto junto com o projeto de lei do Orçamento 2019.

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Há resistências no governo em torno da proposta desenhada pela Receita e que está praticamente pronta, dependendo apenas de ajustes finais. Uma proposta alternativa está sendo elaborada por técnicos do governo para ser submetida ao presidente Michel Temer.

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