A quem interessar

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Não quero polemizar, mas faço coro com Eduardo Vogt sobre o artigo da historiadora Janaína Botelho publicado em A VOZ DA SERRA no último dia 16. Completo com o que ele diz sobre a cerâmica de seus pais que tinham como seus sócios e idealizadores o austríaco, artista plástico formado em Viena, o Sr. Johann Dwork e o brasileiro, o nosso inesquecível Dr. Dermeval Barbosa Moreira. Preciso acrescentar mais alguma coisa?

Neste mesmo artigo há um parágrafo mais grave ainda, em que a historiadora minimiza o grupo de húngaros em nosso município. Em tempo, não é a quantidade, mas a qualidade que é mais importante. A quem queira saber, este grupo de bravos e sinceros húngaros muito contribuíram e contribuem com ações excelentes para a nossa região. Neste caso, aconselho a Janaína se informar melhor com a representante desse povo, que é a Sra. Eva Bito. Registro também o carinho e apoio que o nosso saudoso Laercio Ventura tinha pelos húngaros.

Acredito ter sido grave também a omissão (?) do grupo de austríacos - mais de 60 famílias com seus inúmeros descendentes - que escolheram Nova Friburgo para dar continuidade a seus sonhos e realizações. Nesse caso a Sra. Lola Von Bun terá o maior prazer em conversar sobre os nossos empreendimentos em todos os setores. O nosso grupo está muito bem entregue a ela.  

A figura da nossa primeira imperatriz, a austríaca Dona Leopoldina, também deve ser reconhecida, por ser uma das pessoas mais cultas que veio para o Brasil trazendo em sua comitiva matrimonial sábios, artistas, etc, austríacos e húngaros. A verdadeira história diz que ela tinha amor pela nossa colônia.

Interessante também registrar a carta de um engenheiro recém-chegado, morando em Mury, em querer opinar negativamente contra  húngaros e austríacos.

Terminando a minha posição contra este pseudo depoimento histórico: "Colonizar ou vir morar aqui, não é somente no momento de chegada, pousar as malas, ou dar início, ou ainda fazer prestação de serviço. Vai muito mais além, no que fazem estes descendentes dos dez povos, e ainda outros não reconhecidos, que continuam e estão a fazer o engrandecimento não só do nosso município, como também de todo o Brasil." É assim que se encontra a verdadeira miscigenação de nosso país.

Com mil desculpas, mas não dá para se calar diante de tanta injustiça.

Aloisia Maria Langer de Mattos-carioca, brasileira, filha de Johann Langer, austríaco, vienense, com muito amor naturalizado brasileiro-não imigrante.

Celina Langer- brasileira, filha de italianos calabreses- não imigrantes.

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