A Voz do Rio — 13/10/2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Rota de Perigosa
Após a morte de uma empresária, assassinada no sábado passado, ao entrar por engano numa favela em Niterói quando seguia orientação do aplicativo de trânsito Waze, o serviço informou que está estudando maneiras de alertar os motoristas para trajetos que passem por áreas perigosas. Para isso, executivos da empresa já se reuniram com autoridades de segurança do Rio. A expectativa é que o aplicativo passe a utilizar os dados de incidência criminal do Instituto de Segurança Pública (ISP) para mapear as rotas de risco.

Refugiados
Após 15 dias escondidos na caixa de leme de um barco, dois jovens argelinos foram descobertos dentro de uma embarcação na Baía de Guanabara. Eles acessaram o navio ainda no Mar da Argélia antes de serem descobertos pela tripulação.

Poliamor
O 15º Ofício de Notas do Rio, na Barra, oficializou, na semana passada, a primeira união entre três mulheres no Brasil. O relacionamento que foi reconhecido em cartório envolve uma empresária, de 32 anos, uma dentista, também de 32, e uma gerente administrativa, de 34. A ideia surgiu após a empresária ter resolvido que vai engravidar em 2016. Na certidão do nascimento do bebê, ela quer os sobrenomes das três. E elas estão dispostas a brigar na Justiça para que esse desejo vire realidade.

Bola fora
O Instituto Estadual do Ambiente embargou uma obra do atacante flamenguista Emerson Sheik à beira de um rio com cachoeira no povoado de Ingaíba, em Mangaratiba, no Rio. Como se trata de um crime ambiental, ele teve sorte de não ser preso.

Vai tarde!
O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, confirmou na manhã desta segunda-feira que a CCR Barcas comunicou ao estado a intenção de deixar a operação do serviço de barcas. A CCR alega "desequilíbrio no contrato" e "falta de interesse estratégico de seguir com a operação". A questão ainda está no âmbito administrativo e é analisada pelas secretarias de Transportes e da Casa Civil e pela Procuradoria-Geral do Estado. Procurada pela coluna, a concessionária preferiu não se manifestar.

Venda de plantões
Um grupo com 11.185 membros no Facebook, expressa uma tendência que cresce na classe médica: o uso das redes sociais como espécie de feirão de plantões em hospitais das redes pública e privada, especialmente nos fins de semana e em unidades do Rio e da Baixada Fluminense. Recados convocam interessados em cobrir plantões de 24 horas, sem comprovação de formação. A convocação também não está condicionada à especialidade. Nem sequer exige provas de que o candidato é realmente médico. Um dos interessados em cobrir um plantão na UPA de Madureira por 12 horas na emergência clínica disse que só aceitaria se o pagamento fosse à vista. "O tico-tico sai comigo após o plantão", escreveu.

Conexão Friburgo-Nikiti
Niterói sempre foi uma cidade atraente para os friburguenses que descem a serra em busca da iniciação universitária. Conhecida por ter uma boa qualidade de vida, a cidade declina no âmbito da segurança pública: estatísticas do ISP mostram que o número de latrocínios (roubos com morte) quase quadruplicaram na cidade. Arrastões nos bairros de São Francisco, Icaraí e em São Domingos passaram a ser comuns também e ocorrem, pelo menos, uma vez por semana.

Friburgo em pauta I
Quatro anos depois de uma violenta tempestade devastar municípios da Região Serrana, deixando um rastro de destruição, centenas de mortos e desaparecidos, agricultores enfrentam uma das mais longas estiagens da história, que foi largamente discutida dentro das redações da imprensa carioca. Na zona rural de nossa cidade, a situação foi vista com espanto no Rio. De acordo com um levantamento da Secretaria estadual de Agricultura e Pecuária, os prejuízos são, até agora, de cerca R$ 375 milhões, 15% de toda a produção agropecuária anual do estado, que fatura R$ 2,5 bilhões.

Friburgo em pauta II
Também fez parte das reuniões de pauta a destruição de uma escola municipal. O artista plástico Paulo Schossler, que mora num casarão no mesmo terreno onde ficava o colégio, em Macaé de Cima, foi o responsável pela demolição. O prédio ocupado pela Escola municipal Horst Garllip estava desativado desde dezembro de 2014. O parecer da Secretaria de Educação da nossa querida cidade foi motivo de chacota: "A instituição de ensino multisserial, voltada para alunos do 1º ao 4º ano, foi desativada porque a única professora entrou de licença maternidade, a merendeira se aposentou e a prefeitura não tinha profissionais para substituí-las." Que cara de pau! E incompetência também...

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Alessandro Lo-Bianco

A Voz do Rio

Pai da Valentina, Alessandro foi repórter da Band News, revistas da Editora Abril, Jornal O Dia, Portal IG e Último Segundo. Atualmente é repórter do Jornal O Globo e ventila aqui na serra, todas as segundas-feiras, um pouquinho da maresia carioca.

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