O mal de Parkinson

segunda-feira, 01 de maio de 2017

O mal de Parkinson

Hoje é bastante comum se ouvir pessoas comentando que um parente ou um amigo está sofrendo com a doença de Parkinson. Ela ficou mais popular depois que figuras do cinema, da música e do esporte, como o famoso lutador de boxe Muhamad Ali (ou Cassius Clay), reconhecido portador da doença. O nome Parkinson é em homenagem ao Dr. James Parkinson, médico inglês que foi o primeiro a descrever a doença em 1817. Hoje se sabe que em cada grupo de 700 pessoas uma sofre da doença. No Brasil, acredita-se que mais de 200 mil sofram do mal de Parkinson.

Marcado por um tremor incontrolável nas mãos, rigidez e lentidão, costuma aparecer depois dos 45 anos de idade. Atinge tanto homens quanto mulheres. Existem mais de 5 milhões  de doentes pelo mundo. Não se sabe exatamente o que causa a doença, mas especialistas dizem que ela tem raízes genéticas, portanto familiares, e também causas ligadas ao meio ambiente, como exposição a substâncias químicas tóxicas e até mesmo uso de medicamentos.  Atinge uma área do cérebro onde é produzida uma substância chamada dopamina, que regula a transmissão de estímulos entre os neurônios ligados aos movimentos. Com o passar do tempo a doença progride e começa a se espalhar pelo corpo, afetando além dos movimentos, a fala , o olfato , a capacidade de andar, perda do equilíbrio, queda da pressão arterial e prisão de ventre. Um fato que também pode acontecer é a dificuldade de controlar a urina.

O primeiro problema que costuma levar o doente a procurar ajuda médica é o tremor das mãos, que se torna sem controle. Se não tratada de início ela pode progredir rapidamente e ao final de cinco a seis anos pode incapacitar totalmente o indivíduo, fazendo com que ele se torne totalmente dependente da ajuda de cuidadores para sua vida normal. A principal característica do Parkinson é que ele afeta  apenas um lado do corpo, ao contrário de outras doenças que causam tremor mas afetam os dois lados. Existem medicamentos que podem melhorar bastante a vida do paciente e retardar a progressão da doença. Como último recurso, pode-se recorrer ao implante de eletrodos dentro do cérebro para refazer o circuito danificado pela doença. Este recurso é utilizado apenas quando o tratamento com medicamentos começa a produzir efeitos colaterais graves. Fique atento!

 

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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